segunda-feira, 16 de março de 2009

Congresso Brasileiro de Nutrição Integrada - Ganepão 2008
Título: A MÍDIA LEIGA ESCRITA E AS INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS AO PÚBLICO FEMININO

Autor:
Bussolaro LV; Moreira ES; Murara AZ
Instituição: Faculdades Integradas

Objetivos: Este trabalho teve como objetivo avaliar as matérias relacionadas à alimentação e nutrição divulgadas por revistas femininas de grande circulação nacional e verificar a confiabilidade das informações por elas veiculadas.
Materiais e métodos: Foram analisadas oito revistas destinadas ao público feminino, de grande circulação nacional, que possuem triagem quinzenal ou mensal, publicadas nos meses de agosto e setembro de 2007, obtendo-se um total de 180 reportagens. As revistas foram numeradas de 1 à 8 sendo realizadas pesquisas bibliográficas e de artigos científicos de modo a embasar a avaliação das reportagens. As matérias foram avaliadas segundo a qualidade da informação e a fonte de embasamento, recebendo critério ascendente de pontuação de números e letras, em ambas as pontuações, mostrando que quanto mais alta a pontuação em cada escala, maior nota recebia a reportagem. A análise dos dados se fez através de média e freqüência. Para a correlação entre qualidade das informações e embasamento foi utilizado o teste do Qui-Quadrado.
Resultado: Os resultados obtidos mostram que a correlação entre embasamento e informação apresentou associação entre as variáveis (p= 1,6E-10). As reportagens embasadas por nutricionistas ou profissionais especializados em nutrição associaram-se a informações ótimas (37%). Verificou-se também percentual significativo de informações ruins neste estrato (26%), mostrando que a qualidade da informação pode não estar associada à qualidade de seu embasamento. Tal fato pode dever-se então, à desinformação do profissional informante, distorção da publicação ou ambos.
Conclusão: Os resultados apresentados por esta pesquisa nos mostram que nem todas as publicações apresentam-se comprometidas com a veracidade e a qualidade das informações por elas veiculadas. Mesmo quando embasadas por profissionais qualificados para tal fim, as inadequações podem ser percebidas com alguma facilidade por profissionais da área. O papel da mídia na divulgação das informações é inquestionável, no entanto, primar pela qualidade das mesmas é o seu dever, enquanto que é o direito da população o acesso a informações confiáveis, sobretudo pelo comércio estabelecido. Ao nutricionista, por sua vez, cabe a vigilância, em duas frentes: a atenção à qualidade das informações que são de sua alçada e, acima de tudo, a divulgação da informação factível, confiável e segura ao público. UnitermosAlimentação saudável, educação nutricional, revistas femininas, dietas de revista, imprensa leiga
Publicado:
26/01/2009 11:20:35
A Sociedade Norte-americana de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição formulou esta diretriz para servir de guia prático ao diagnóstico e tratamento da doença celíaca. A doença é detectada na infância ou adolescência pela presença frequente de alguns sintomas, como diarréia, dor abdominal, vômitos, constipação e distensão abdominal. Entretanto, algumas crianças e adolescentes assintomáticos também podem apresentar a doença. Dê uma olhada no guideline!!!!

Clinical Guideline
Guideline for the Diagnosis and Treatment of Celiac Disease
in Children: Recommendations of the North American Society
for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition

ABSTRACT
Celiac disease is an immune-mediated enteropathy caused by
a permanent sensitivity to gluten in genetically susceptible individuals.
It occurs in children and adolescents with gastrointestinal
symptoms, dermatitis herpetiformis, dental enamel
defects, osteoporosis, short stature, delayed puberty and persistent
iron deficiency anemia and in asymptomatic individuals
with type 1 diabetes, Down syndrome, Turner syndrome,Williams
syndrome, selective immunoglobulin (Ig)A deficiency and first
degree relatives of individuals with celiac disease. The Celiac
Disease Guideline Committee of the North American Society
for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition has
formulated a clinical practice guideline for the diagnosis and
treatment of pediatric celiac disease based on an integration of
a systematic review of the medical literature combined with
expert opinion.
The Committee examined the indications for testing, the value
of serological tests, human leukocyte antigen (HLA) typing and
histopathology and the treatment and monitoring of children
with celiac disease. It is recommended that children and adolescents
with symptoms of celiac disease or an increased risk
for celiac disease have a blood test for antibody to tissue
transglutaminase (TTG), that those with an elevated TTG be
referred to a pediatric gastroenterologist for an intestinal biopsy
and that those with the characteristics of celiac disease on
intestinal histopathology be treated with a strict gluten-free
diet. This document represents the official recommendations of
the North American Society for Pediatric Gastroenterology,
Hepatology and Nutrition on the diagnosis and treatment of
celiac disease in children and adolescents. JPGN 40:1–19,
2005.  2005 Lippincott Williams & Wilkins

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ao meu colega Endocrinologista...

Que publicou no Jornal da Cidade uma matéria (na semana pós carnaval) onde dava receitinhas de dietas que, segundo o mesmo, corrigiam os erros e abusos alimentares cometidos durante as festas.
Chega a ser um atentado contra a saúde da população as indicações deste conhecido endocrinologista de nossa cidade. Não se pode brincar de "entendido" e sair publicando barbaridades ditas como "tratamento nutricional" para as pessoas, se você não tem nenhum tipo de estudo que lhe credencie para esta função.
Suas consultas já são alvo de piadas entre seus pacientes e outros colegas de profissão, justamente porque você passa por cima de todas as regras e da ética profissional, aconselhando sobre questões que não são do seu âmbito de conhecimento e por isso mesmo, você comete erros tão grosseiros, que não escapam nem aos olhos de seus leigos pacientes.
O Jornal da Cidade demonstrou também desconhecer quais os profissionais competentes para divulgar esse tipo de informação e cometeu, junto com o referido profissional, o erro de levar informações equivocadas para a população.
Espero que essa crítica a sua "desastrosa aparição em veículo de comunicação", chegue aos seus olhos, e você comece a tratar da parte médica que lhe cabe e deixe aos profissionais que , inclusive, fazem parte de sua equipe (que já deviam ter lhe alertado sobre esses "excessos") e que possuem a devida competência na área da Nutrição, dar orientações à população sobre temas relativos a esse campo de atuação.
Cada "profissional" no seu galho!

quinta-feira, 5 de março de 2009

A alimentação nos tempos atuais...

Alimentação baseada em grandes quantidades de alimentos industrializados, maior acesso aos confortos propiciados pela tecnologia (elevadores, carros, controles remotos, entre outros), trabalho num ritmo aluciante. Fenômenos típicos dos processos de industrialização e urbanização, os hábitos da modernidade vêm gerando brasileiros mais gordos, inativos e estressados do que nunca. Para se ter uma idéia da importância desses hábitos da modernidade sobre a longevidade humana, de acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Stanford, dentre os fatores que pesam para que uma pessoa ultrapasse os 65 anos, o estilo de vida é o fator mais preponderante (53%) para prolongar ou diminuir a vida. A obesidade, por exemplo, tornou-se tão comum que acabou por transformar-se no mais grave problema de saúde pública do mundo, superando até mesmo a desnutrição e as doenças infecciosas. Os Estados Unidos, já possuem 55% da sua população acima do peso. No Brasil, esse percentual gira em torno de 40%, sendo que 11% desse total são obesos.
Sem desprezar a influência dos fatores genéticos, que podem ser consideráveis, o aumento da obesidade é um produto da sociedade moderna. Pela primeira vez, em séculos, o mundo ocidental tem abundância de alimentos (sobretudo de proteínas, carbohidratos e gorduras), bem como alimentos industrializados amplamente distribuídos e anunciados de modo atraente; o que torna mais difícil convencer as pessoas a privilegiarem o consumo de frutas, verduras e legumes, apesar dos benefícios nutricionais evidentes destes alimentos. Soma-se a isto, a ascensão de padrões sociais de beleza que induz as pessoas a buscarem cada vez mais um ideal de magreza, muitas vezes incompatível com a constituição física que lhes é característica.
Frutas, verduras e legumes devem ser privilegiados na alimentação
Maior abundância de alimentos altamente calóricos aliados a uma exigência social cada vez maior pela magreza e o pelo corpo perfeito. Como consequência, surgem problemas psíquicos e emocionais que se refletem em graves distúrbios alimentares, os quais não apenas compromentem a qualidade de vida mas, sobretudo, a saúde das pessoas.